sábado, 2 de janeiro de 2010

Desamparado

O jogador de futebol Jobson, ex-Botafogo, foi pego em dois exames anti-doping por uso de cocaína, no último mês do campeonato Brasileiro de 2009. Além de precisar de ajuda para continuar no esporte, o jogador precisa de ajuda para preservar a imagem de atleta. A cobertura da mídia já evoluiu bastante e, hoje, não coloca mais o jogador com um vilão, mas sim, vítima, mesmo exigindo punição, a opinião pública já entende que o banimento pelo uso de uma droga social não pode acontecer. Apesar de existir esta possibilidade.

Em situações de crise como essa, o melhor seria o atleta assumir o uso e pedir ajuda, mostrar como o esporte pode tirar as pessoas do vício. Seria, dentro do possível, um ótimo exemplo para as crianças. Poderia ser negociado no julgamento participação em campanhas anti-drogas para o governo, palestras em clínicas de dependentes.


Quando falo em preservar a imagem de atleta, penso que, caso isso não aconteça, o jogador poderá perder oportunidades em outras equipes, em contratos com empresas de materiais esportivos etc. Nenhuma empresa quer relacionar sua imagem com a de um atleta que foi suspenso por uso de drogas. Jobson está totalmente desamparado. Quando surgiu o primeiro caso, o jogador negou. Após a contraprova e a segunda ocorrência, o jogador confessou o uso. Mas errou feio. Disse que os dois resultados foram pelo uso em uma noite de "empolgação". A mentira é a pior coisa na gestão de crise. Ele mentiu. Mal orientado, terá que assumir, agora, que mentiu. O tribunal não costuma aliviar. Caso tivesse assumido desde o começo, a opinião pública ia exigir que a sua punição não fosse tão dura como o banimento. Poderia ser uma marco na Justiça Desportiva Brasileira.

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